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CEA Informa 37
O Conselho Diretivo do Clube de Participação Acionária dos Empregados da Açominas – CEA, através de sua Diretoria Executiva, informa aos seus associados os seguintes fatos relevantes:
1. Em 07/12/2001 foi promovido pelo Banco Central, o leilão de venda das ações da Açominas de propriedade da Agropecuária Senhor do Bonfim( Grupo BANCO ECONÔMICO ). A única oferta do leilão foi efetivada pela Gerdau Participações Ltda, sendo que os demais participantes do Acordo de Acionistas(CEA/AÇOS e Natsteel), receberam no dia 11/12/2001 correspondência da Agro Pecuária Senhor do Bonfim onde, e conforme Acordo de Acionistas em vigor, foi aberto o prazo de 30 dias para que os acionistas CEA/AÇOS e Natsteel pudessem exercer o seu direito de preferência, na proporção que lhes coubessem, para a aquisição das referidas ações.
- Após análise da citada correspondência e tendo identificado algumas divergências quanto ao direito de preferência, a luz do disposto no Acordo de Acionistas, o CEA/AÇOS e Natsteel solicitaram ao Banco Central, através de cartas a ele expedidas, prorrogação do prazo de 30 dias a serem contados a partir do recebimento dos esclarecimentos e informações adicionais solicitadas àquela instituição. Fomos atendidos em nosso pleito e o prazo final para o exercício foi prorrogado para 13/02/2002.
- Desde o início do processo de direito de preferência, o CEA/AÇOS de forma responsável, sem riscos adicionais para os seus associados, promoveu gestões junto a possíveis financiadores no sentido de desenvolver uma operação financeira, auto sustentada, que permitisse a aquisição das mencionadas ações, na proporção que lhe coubesse. Optamos por este caminho por conhecermos profundamente o “negócio AÇOMINAS” e entendermos, tal como nossos parceiros, que tanto os resultados futuros da companhia quanto o valor do negócio, são extremamente promissores no tocante ao seu crescimento contínuo.
- Por motivos privados e alheios a nossa vontade, a nossa parceira Natsteel desistiu do seu direito de preferência relativo as ações do ECONÔMICO e acertou a venda de sua participação na AÇOMINAS com a também nossa parceira Gerdau, conforme amplamente divulgado pelas partes e pela imprensa em geral. Neste contexto a venda será efetivada até setembro/2002, resguardado o prazo do direito de preferência conforme disposto no Acordo de Acionistas em vigor.
- Diante de tal sucessão de fatos, o CEA analisou todas as alternativas possíveis que permitissem a montagem de uma operação financeira dentro de premissas responsáveis, visando a aquisição das ações do ECONÔMICO, em número agora ampliado pela desistência da Natsteel. Concluímos pela inviabilidade de tal aquisição considerando a grande soma de recursos que seriam envolvidos na operação, os compromissos por nós assumidos com relação ao financiamento de nossas ações, e a não auto sustentação da montagem financeira, premissa básica por nós adotada.
- Sempre mantendo a nossa postura ética, decidimos encaminhar em 31/01/2002, carta ao Banco Central, onde comunicamos àquela instituição da desistência quanto ao nosso direito de preferência, relativo à aquisição das ações do ECONÔMICO.
- Nos últimos dias temos verificado uma ampla cobertura pela imprensa das aquisições efetuadas pela nossa parceira Gerdau. Entendemos ser necessário tecer alguns comentários sobre a nova situação da AÇOMINAS e em particular quanto ao seu quadro societário, relembrando para tanto, de alguns fatos que consideramos marcantes na nossa recente história:
- Primeiramente esclarecemos aos nossos associados que a Açominas, após esses eventos, poderá ter somente dois grandes sócios no seu grupo de controle. A Gerdau, maior fabricante de produtos longos do Brasil e agora uma das maiores fabricantes de aço do mundo e o CEA/AÇOS com os empregados-sócios e demais associados, que mostraram também sua grandiosidade na construção da história desta empresa, representada pela sua participação na implantação da AÇOMINAS, na proteção da empresa nos piores momentos de sua existência, na manutenção do direito da mesma estar viva após os episódios passados e pela sua finalmente recuperação envolvendo neste processo do Operador ao Diretor.
- Lembramos que no passado recente, coube ao CEA, no processo de reorganização societária, atrair e convidar sócios que pudessem colaborar no crescimento da AÇOMINAS, parceiros esses que deveriam ter um perfil especialmente adequado aos negócios da companhia, com notória competência e competitividade no setor, comprovada retidão ética no trato dos negócios e nas relações societárias e ainda com forte e consolidada posição financeira, visando a solidificação do Grupo de Controle da empresa e da própria AÇOMINAS.
- Identificamos à época neste perfil, a GERDAU e a Natsteel os quais aceitaram o nosso convite bem como os termos claros, o conteúdo ético e os compromissos com os princípios firmes de fazer crescer a AÇOMINAS, contidos em nosso Acordo de Acionistas que se encontra em vigor.
- Este instrumento de regulamentação societária tem por objetivo, tal como outros firmados, protegerem os sócios e a companhia com princípios e premissas claramente definidas.
- Em nossa convivência até hoje, os integrantes deste acordo, discutimos, opinamos, divergimos, porém sempre buscamos o consenso nas decisões pois entendemos estarmos alinhados no mesmo objetivo de defender continuamente o crescimento da AÇOMINAS.
- Entendemos e acreditamos que o crescimento da AÇOMINAS, diante de sua consolidada situação econômica financeira, da partida do Laminador de Perfis agora em março/2002 e do Laminador de Vergalhão em março/2003, além de outros investimentos em curso, continuará a levar o nosso ativo a um valor merecidamente elevado. E os frutos desta valorização deverão ser continuamente distribuídos.
- Mas crescimento significa não só a valorização de ativos. Crescimento se traduz em respeito àqueles que contribuem efetivamente na formação do mais valor. Crescimento implica verdadeira coerência entre a fala e a ação no que se relaciona aos compromissos históricos citados na Carta de Princípio do CEA, documento base de nosso Acordo de Acionistas que é aceito por todos os nossos parceiros. Crescimento também implica convivência harmoniosa sem contudo negar os princípios que nos norteiam. Crescimento implica profundo respeito à nossa cultura e independência empresarial. Crescimento significa em apoio efetivo à comunidade que nos rodeia e às entidades que nos apoiam no nosso dia a dia. Crescimento significa ter como verdade interior não só o compromisso verbal mas a ação concreta na defesa da responsabilidade social.
- Todos esses significados e implicações tem sido efetivamente praticados por nós e nossos parceiros até hoje e entendemos, melhor dizendo, temos certeza que continuarão a serem realmente praticados.
- Nós, o CEA, continuaremos a buscar de forma inabalável a ampliação de todos esses crescimentos, sem ferir os interesses da AÇOMINAS, como até hoje o foi feito.
Ouro Branco, 01 de fevereiro de 2002.
Marco Antônio Pepino
DIRETOR-PRESIDENTE
CEA